top of page

Who am

LÍTIO

THEY'LL
NEVER STOP TALKING

ABOUT YOU!

 

  O lítio, do grego lithos (pedra) foi descoberto por Johan August Arfwedson em 1817, em Estocolmo, na Suécia. Posteriormente, em 1855, foi isolado por Bunsen e Matthiessen. O lítio é um dos metais alcalinos do grupo IA da tabela periódica e o terceiro elemento mais simples. [1]

EXPOSIÇÃO AO LÍTIO. [2]

INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS. [5]

  • Tratamento agudo e profilático dos episódios maníacos e hipomaníacos da doença bipolar;
  • Tratamento profilático das recorrências da doença bipolar e da depressão unipolar;
  • Depressão resistente;
  • Controlo do comportamento agressivo e auto-mutilador. [5]

É importante salientar que as interacções medicamentosas são consideradas uma das principais causas do aparecimento de intoxicações pelo lítio, uma vez que grande parte delas conduzem a um aumento da concentração do metal alcalino no plasma. [5]

Assim, é necessário ter atenção ao uso concomitante do lítio com os seguintes fármacos:





INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS. [5,6]

POSOLOGIA. [5]

A dose de lítio a administrar varia de acordo com os níveis de lítio no plasma e com a resposta clínica pretendida. Assim, a dose necessária para manter os níveis de lítio no plasma dentro do intervalo terapêutico está dependente do doente

A dose mínima eficaz deve ser estabelecida e mantida, pois não se deve exceder os 1,5 mmol/L. [5]

QUADRO 1. Quadro que demonstra a influência de determinados farmácos nos níveis de lítio no organismo. 

Baseado em : Infarmed - http://www.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=30076&tipo_doc=rcm, acedido em 14.04.2013 e Handler J. (2009) Lithium and Antihypertensive Medication: A Potentially Dangerous Interaction. The Journal of clinical hypertension; vol11: 738-742

NOTA: Fármacos que causam neurotoxicidade aquando a administração com  o lítio: bloqueadores dos canais de cálcio, antipsicóticos, carbamazepina, metildopa, derivados triptânicos e antidepressivos seretoninérgicos. 



* exceto aspirina e sulindaco

MECANISMO DE ACÇÃO. [3,4]

O lítio apresenta um mecanismo de acção muito complexo e que ainda não está totalmente esclarecido. Até agora, sabe-se que tem influência ao nível da:

  • Transmissão glutaminérgica neuronal;
  • Factor neurotrófico derivado do cérebro (BDNF);
  • Proteína neuroprotectora (Bcl-2);
  • Inositol monofosfatase (IMPase);
  • Proteína cínase C (PKC);
  • Cínase de serina/treonina (GSK-3).
     

Nas alterações de humor, tanto as cascatas de sinalização intracelular como a neurotransmissão glutaminérgica são alteradas. A actuação do lítio neste último caso promove um aumento da excitabilidade pré-sináptica, da eficiência sináptica e do potencial excitatório pós-sináptico ao nível do hipocampo. Este é o componente chave da rede do sistema límbico e está envolvido na regulação emocional, actividade cognitiva e memória. Já na primeira situação, o lítio promove um aumento tanto do BDNF como da Bcl-2, importantes na plasticidade neural e sináptica. A Bcl-2, neutraliza os efeitos nocivos do stress sobre os neurónios e controla a dinâmica intracelular do cálcio que se encontra geralmente alterada em problemas de humor. O BDNF, para além do seu efeito neurotrófico desempenha um papel importante na regulação da plasticidade sináptica e na potenciação da sinapse. [3]
 

A inibição da IMPase impede a regeneração do fosfatidilinositol-4,5-bifosfato (PIP2) e por consequência do diacilglicerol (DAG). Sendo que este último é importante para a activação do PKC, regulador dos aspectos da neurotransmissão pré e pós sináptica. [4]
 

A GSK-3 é inibida tanto pelo lítio como pelo PKC, permitindo a atuação da β-catenina, importante componente na consolidação da memória. Para além disso, esta inibição influencia directamente a transcrição de genes (para a síntese de BDNF e Bcl-2), efeitos anti-apoptóticos e promove a estabilidade celular. [4]

As duas maiores fontes de lítio para o Homem são a água e o solo. Estas duas variáveis alteram-se consoante a região geográfica, ou seja, existem zonas do globo, como o Norte do Chile, que apresentam níveis de lítio muito superiores aos encontrados noutras regiões. 

- ÁGUA: A ingestão de água mineral e o uso da água canalizada na higiene pessoal são duas vias que poderão contribuir para o aumento dos níveis de lítio no interior do organismo.



- SOLO: O consumo de vegetais que estiveram em contacto com um solo rico em lítio torna-os uma possível fonte de exposição deste metal alcalino. Por sua vez, os animais que ingeriram água e/ou vegetais que contactaram com um solo enriquecido em lítio passarão a constituir uma fonte deste metal quando consumidos pelo Homem. [2]​

ESQUEMA 1. Mecanismo de acção do lítio.

Baseado em: Quiroz J.; Machado-Vieira R.; Zarate C.; Manji H. (2010) Novel Insights into Lithium’s Mechanism of Action: Neurotrophic and Neuroprotective Effects. Neuropsychobiology; vol62: 50–60

*

bottom of page